A gente começa a se identificar
com pessoas quando começamos a nos identificar também com certos pensamentos.
Criamos empatia. Normal. É o famoso “santo que bateu”.
Mas e se não bateu?
Esse texto é direcionado
principalmente às mulheres desse blog, que assim como eu, têm a esperança de
que um dia ainda viveremos em um mundo onde respeito é a base de tudo. Então,
se você não acha, melhor nem ler. E vai ser um pouco longo (já avisando).
Começamos a usar nossas redes sociais
para relatar nossos cotidianos chatos, muitas vezes cercados do conforto das
nossas casas e nossas famílias/amigos. E é um conforto tão cego, que nos
impactamos quando lemos situações que ferem a moral de quase todos os seres
humanos.
Quando começamos a pensar que
existe um mundo além do nosso, a nossa mente começa a se abrir e perceber que
algumas vezes, é necessário quebrar esse conforto, para confortar.
Mas oi?
Sim. Quebramos o nosso conforto
para confortar os outros.
Precisamos
começar falando sobre feminismo. Começar falando sobre sororidade. Começar
falando sobre empatia.
Conhece
essas palavras? Conhece o que elas realmente significam e os benefícios que
podem trazer à humanidade?
Feminismo
sim! E se você conhece uma mulher que diz que ser feminista é odiar os homens,
não depilar, não usar absorvente, ir para manifestações com os seios de fora,
etc... ela está por fora do que é realmente ser feminista. Até por que o
feminismo, pasmem, nos da essa opção de escolhas. Você só faz o que lhe é
conveniente, até por que somos donas dos nossos próprios corpitchos, né nón?
Sororidade
e empatia. Por que vai muito além de ser de mulher pra mulher. É ser de humano
para humano. Eu costumo dizer que na humanidade falta humanidade, e não me
refiro a números. Me refiro a gestos <3
Por
fim, Cultura do Estupro. Meninas, o número de denúncias sobre estupro aumentou
muito depois do caso da mocinha de 16 anos que foi cruelmente abusada por mais
de trinta caras. E nem me vem com “Ah, ela é da favela, drogada, tinha filho,
queria aquilo, eu vi vídeo dela gostando, eu ouvi áudio dela pedindo...
blablabla.”. Se coloque no lugar dela. Como seria se você fosse da favela, e
usuária? E fosse violentada brutalmente por trinta e tantos caras, e depois
gravada, exposta, e mesmo visivelmente dopada e desmaiada, sangrando, as pessoas ainda tivessem duvidando da sua
palavra? Afinal, quem é uma menina pobre da favela, perto do seu dinheiro,
poder e conforto, não é mesmo? É claro que é muito mais fácil falar que a culpa
foi dela, e de nenhum dos TRINTA E OITO caras que abusaram dela, não é mesmo?
Presta
atenção numa coisita aqui:
*NÃO. NÃO É.*
Temos
que acabar com isso. Ta errado. Poderia ser eu, ou você. Poderia ser sua mãe,
tia, prima, irmã, melhor amiga...
TODAS
NÓS PRECISAMOS ESTAR JUNTAS NISSO!
Se unir
pra confortar. Se unir pra CONFRONTAR.
E já
que usamos nossas redes sociais o tempo inteiro para espalhar tanta coisa,
vamos aproveitar para espalhar essas pequenas coisas? Uma palavra amiga muda o
mundo de alguém que pode nunca ter te visto na vida. Já mudaram muito o meu
mundo e melhoram muito meu astral, logo que eu sai de um relacionamento 80%
abusivo. E em sua maioria, eram pessoas que eu nunca vi ou ouvi na minha vida.
Algumas nem moram perto de mim e nem sabem que eu existo. Mas estavam lá. E
estarão lá. Se juntando a mim por energia. Por que afinal de contas, e de tudo
JUNTAS SOMOS MAIS FORTES <3
PS: Gosto muito de falar sobre empoderamento feminino. Somos uma força imensa na internet, e fazemos muita diferença para pessoas que estão meio lost no mundo. Se eu tivesse alguém para me explicar o que significava um relacionamento abusivo, talvez eu não teria desencadeado tantos problemas psicológicos. Então, repassem sempre que puderem algo sobre empoderamento. Qualquer coisinha, eu também faço papel de conselheira as vezes. Gabbe quem o diga <3 Me procurem: ravenamaya@gmail.com (prometo responder com super carinho). Beijones no coraçãonio de vocês
mt importante abordar esse assunto tao serio! adorei o post, precisamos acabar com a cultura do estupro!
ResponderExcluirwww.tofucolorido.com.br
www.facebook.com/blogtofucolorido
Adorei o post, Gabe, a gente tem mesmo que fazer isso, segurar a mão uma da outra, amar, empoderar, e lutar.
ResponderExcluircom amor, Bru
Mania de Bruna
@ManiaDeBruna
falou tudo em um texto tão brilhante, cheio de atitude, temos que nos por sim no lugar de cada mulher que sofre qualquer tipo de abuso, por que poderia sim ser eu, ou uma pessoa que amo, sofro quando vejo mulheres mesmo que dizem que as vitimas tem culpa, claro que não, são como eu e você, indefesas quando se trata de violência, por um mundo, não diria feminista mas humanista por que abuso de qualquer tipo vai contra seus direitos humanos, por um mundo com mais amor e respeito.
ResponderExcluirhttp://entrevereviver.blogspot.com.br/
Muito legal e esclarecedor o texto. O feminismo é totalmente para mulheres, para conscientizá-las de seu valor e orientá-las ;)
ResponderExcluirboa semana :)
Red Behavior
Concordo com o que você escreveu.
ResponderExcluirEu tento super seguir a proposta do feminismo, mesmo que ás vezes o machismo enraizado em mim apareça, é dificil essa desconstrução.
Tento defender essa igualdade nesse meu processo de transformação ^^
Concordo muito , só li verdade.
ResponderExcluirMuita das vezes o machismo esta em nós mesmas , devemos mudar isso.
Lutar por igualdade nos não somos inferiores a ninguém.
Parbéns pelo texto , ficou sensacional.
Beijão.
morenagraviola.blogspot.com.br
Ótimo posicionamento Ravena! É incrível como as pessoas tendem a julgar o que não conhecem e/ou julgam conhecer, como no caso do feminismo. O que nós queremos é igualdade. Respeito. Que eu não julgue ou deixe de apoiar porque não conheço aquela pessoa ou porque isso não aconteceria comigo ou com meus próximos. A realidade é que todos somos gente, todos somos humanos, e, infelizmente, pode acontecer tanta coisa com qualquer um de nós que jamais imaginaríamos. Uma palavra gentil, uma demonstração de respeito, uma frase empoderadora. Isso é sororidade. É compartilhar da dor do outro mesmo que não a conheça e respeitar o sentir do outro. E claro, buscar não apenas um mundo melhor, mas pessoas melhores para o mundo.
ResponderExcluirMuito bom ler seu texto!
xoxo
Rê