11 de julho de 2019

(re)Começar

São meses sem escrever, machuca minha alma passar tanto tempo longe do que eu amo, nunca mais tive a oportunidade de sentar e me expressar das mais diversas formas por aqui (não pensem que estou agora, estou de pé e no trabalho), e a cada ano que passa dificulta mais, sinceramente o adulto sofre, mas o adulto proletariado sofre bem mais!

Depois de perder minha vózinha que eu cuidava e apesar de todas as briguinhas bestas e as idiotices que eu apoiei, ela era minha mãe mais do que a minha mãe biológica, depois dela a ultima lamparina do meu juízo se apagou e eu comecei a ficar totalmente sem rumo, minha vó me ajudava em todas as coisas da minha vida e sem ela eu estava perdida. Comecei à trabalhar num boteco, eu com a minha cara de criança ingênua, trabalhei num boteco durante os 2 meses mais estranhos da minha vida, o ambiente absolutamente machista onde eu era praticamente escravizada sem carteira assinada nem contrato (como diria minha avó, sem lenço e sem documento), pedi as contas após ouvir do meu patrão bêbado que eu deveria comprar roupas apertadas para trabalhar, pois os clientes olhavam.

No mesmo mês fiz uma entrevista numa loja muito fofinha no shopping onde uma amiga trabalhava e estavam precisando de funcionários, desde o dia 25 de maio estou aqui. Cansa, faltam algumas coisas para ser 100 porcento, mas eu já passei por tantas desde o dia 30 de outubro que esse emprego tá valendo por mil, ainda mais com meu currículo riquíssimo (só que não), obrigada adolescência conturbada.

Sempre gostei de aparecer por aqui semanalmente e contar o que estava ouvindo, ou a série que estava vendo, o filme preferido da estação, falava sobre a Luna, minha família, meus amigos e até mesmo usava de refugio para os meus dias de treva (e quantos dias!), passei a ficar tão apagada por dentro, minha cabeça, meu corpo, meus sentimentos, é tudo escuridão e eu sinto à cada segundo que se eu não apertar um interruptorzinho que seja, vou acabar me afogando nesse vácuo que estou imersa. Tentei pesquisar cursos que poderia fazer, mas nenhum caberia no meu bolso, sustentando uma casa sozinha eu não teria como tira cento e poucos do orçamento seria incabível, logo eu tive a ideia que minha mente desorganizada me tirou e nunca mais tinha me devolvido, meu blog era minha forma de expressão mais amada, eu não teria que falar nada pra ninguém, mas poderia jorrar meus sentimentos aqui, como estou fazendo agora, desculpem, não só isso mas também consegui voltar á assistir alguns filmes, algumas séries, nada de "wow, agora sim!", mas aos poucos estou conseguindo adaptar a minha vida ao mundo sombrio dos adultos, só preciso de um tempo e muita cor pra deixar meu mundinho mais agradável pra mim e pras pessoas que eu amo e convivem comigo!

Depois desse resumão sem muitos detalhes e com algumas histórias que ainda não tenho coragem de contar, eu anuncio finalmente que escolhi não desistir de mim, hoje não. Por fim deixo pra vocês essa música que é serotonina pura e sempre me dá alegria de ouvir, tchau. Aliás, até mais.

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1 comentários:

  1. Que bom que voltou Gabbe e por favor não desista de você não!
    Sinto muito pela perda da sua avó e peço a Deus que ele conforte seu coração.
    Mas pense na sua linda filha, na sua família e amigos que com toda certeza te amam e querem seu bem.
    Espero que essa fase passe logo e que tudo se resolva, que você possa fazer um curso legal e encontrar filmes ótimos pra compartilhar aqui com a gente.
    Vou ouvir essa música e te indico uma que me ajudou nos últimos dias: Supercombo - Menina Largata
    Fique bem! ♥

    https://www.heyimwiththeband.com.br

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